Terça-feira, 13 de Setembro de 2005
Na curva perigosa dos cinqüenta
derrapei neste amor. Que dor! que pétala
sensível e secreta me atormenta
e me provoca à síntese da flor
que não sabe como é feita: amor
na quinta-essência da palavra, e mudo
de natural silêncio já não cabe
em tanto gesto de colher e amar
a nuvem que de ambígua se dilui
nesse objeto mais vago do que nuvem
e mais indefeso, corpo! Corpo, corpo, corpo
verdade tão final, sede tão vária
a esse cavalo solto pela cama
a passear o peito de quem ama.
Carlos Drummmond de Andrade
De Anónimo a 14 de Setembro de 2005 às 01:11
"Na curva perigosa dos cinquenta derrapei neste amor, e mudo de natural silêncio já não cabe em tanto gesto de colher e amar...!" Beijoeu
(http://hotmail.com)
(mailto:carmoroby@hotmail.com)
De Anónimo a 13 de Setembro de 2005 às 22:37
como sempre... a poesia... e com ela, tudo e nada...tens um blog agradável, gostei. Um beijo.eu...
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(mailto:mjssvc2@hotmail.com)
De Anónimo a 13 de Setembro de 2005 às 14:54
Belo poema optima escolha... beijocasmoolightgirl
(http://meninadoluar.blogs.sapo.pt/)
(mailto:starlightgirl_m@hotmail.com)
De Anónimo a 13 de Setembro de 2005 às 14:53
Carlos Drummond de Andrade, tenho-o como meu amigo... Este poema é maravilhoso! BeijoMaria Papoila
(http://apapoila.blogs.sapo.pt)
(mailto:msantosilva@sapo.pt)
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