Quarta-feira, 30 de Novembro de 2005

PROCURA-SE .......................

floramor21.jpg


Abra com SOM ................ e deixe-se "envolver"


http://www.conselhonet.com.br/pps/Amizade_carinho/Linguagem_dos_Amantes.pps


PROCURA-SE UM AMANTE


Muitas pessoas têm um amante e outras gostariam de ter um.
Há também as que não têm, e as que tinham e perderam.
Geralmente são essas últimas as que vêem ao meu consultório para me contar que estão tristes ou que apresentam sintomas típicos de insónia, apatia, pessimismo, crises de choro ou as mais diversas dores.
Elas me contam que suas vidas transcorrem de forma monótona e sem perspectivas, que trabalham apenas para sobreviver e que não sabem como ocupar seu tempo livre.
Enfim, são várias as maneiras que elas encontram para dizer que estão simplesmente perdendo a esperança.
Antes de me contarem tudo isto, elas já haviam visitado outros consultórios, onde receberam as condolências de um diagnóstico firme:
"Depressão", além da inevitável receita do anti-depressivo do momento.
Assim, após escutá-las atentamente, eu lhes digo que elas não precisam de nenhum anti-depressivo;
digo-lhes que elas precisam de um AMANTE!
É impressionante ver a expressão dos olhos delas ao receberem meu conselho.
Há as que pensam: "Como é possível que um profissional se atreva a sugerir uma coisa dessas?!"
Há também as que, chocadas e escandalizadas, se despedem e não voltam nunca mais. Àquelas, porém, que decidem ficar e não fogem horrorizadas, eu explico o seguinte: AMANTE é "aquilo que nos apaixona".
É o que toma conta do nosso pensamento antes de pegarmos no sono e é também aquilo que, às vezes, nos impede de dormir.
O nosso AMANTE é aquilo que nos mantém distraídos em relação ao que acontece à nossa volta.
É o que nos mostra o sentido e a motivação da vida.
Às vezes encontramos o nosso amante em nosso parceiro, outras, em alguém que não é nosso parceiro, mas que nos desperta as maiores paixões e sensações incríveis.
Também podemos encontrá-lo na pesquisa científica ou na literatura, na música, na política, no desporto, no trabalho, na necessidade de transcender espiritualmente, na boa mesa, no estudo ou no prazer obsessivo do passatempo predilecto...
Enfim, é "alguém" ou "algo" que nos faz "namorar" a vida e nos afasta do triste destino de "ir levando".
E o que é "ir levando"?
Ir levando é ter medo de viver.
É o vigiar a forma como os outros vivem, é o se deixar dominar pela pressão, preambular por consultórios médicos, tomar remédios multicoloridos, afastar-se do que é gratificante, observar decepcionado cada ruga nova que o espelho mostra, é se aborrecer com o calor ou com o frio, com a humidade, com o sol ou com a chuva.
Ir levando é adiar a possibilidade de desfrutar o hoje, fingindo se contentar com a incerta e frágil ilusão de que talvez possamos realizar algo amanhã.
Por favor, não se contente com "ir levando";
procure um AMANTE,
seja também um amante e um protagonista ... da SUA VIDA...
Acredite:
o trágico não é morrer;
afinal a morte tem boa memória e nunca se esqueceu de ninguém.
O trágico é desistir de viver; por isso, e sem mais delongas, procure um amante...
A psicologia, após estudar muito sobre o tema, descobriu algo transcendental :


"PARA SE ESTAR SATISFEITO, ATIVO E SENTIR-SE JOVEM E FELIZ, É PRECISO NAMORAR A VIDA."


*Recebi de uma mão amiga

publicado por vagueando às 13:45
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Sábado, 26 de Novembro de 2005

Desejos..................

0182.bmp
(Desejos.........assim vou criando o blog)

Vendo, Desejando, Encontrando
Desejos são sentidos e projectam visão.
Desejos são vistos e desencadeiam sensação.
Desejos são a fala da emoção.

Tendo dos desejos minha visão,
procuro em textos e versos
criar imagens que levem
você ao fundo do meu coração.

É esta minha primeira Visão de Desejos,
trazer você para dentro do meu Desejo e
fazê-lo ver a minha Visão...

O segundo Desejo é conhecer seus desejos
ter deles sua Visão,
sentir sua paixão...

Num terceiro momento
desejo um encontro,
nossas Visões focando
o mesmo Desejo,
convergência de tesão...

Sou visionária e desejosa,
Revolucionária? Talvez
Com certeza sou desejo,
certamente sou mulher...

Desejo, visão, poema...
Perfume, nexo, beijo, pena
Amor, amante, amar
Jeito, gesto, andar

Ciúme, partida, boca
Céu, mar, oca
Nostalgia, chegada, fantasia
Enorme desejo de dar...

Preciso também de música
Para desejos visualizar
De cafuné e champagne
Meu homem a mim coladinho
Desejos murmurando no ar

Desejo que volte
Desejo que fique
Desejo muito desejar

Verei as mais loucas fantasias
Verei amantes a amar

Direi das visões incendiárias
Dos mais variados desejos
De vida, de morte, de cio
De festa, de canto, de posse.

A visão do orgasmo,
Do homem amado na cama,
De nós dois emaranhados,
Num 69 sem fim.

A visão do mar,
Barcos e navegantes,
Amantes contando estrelas,
Acenos de chegar e partir.

A visão da devastadora paixão
da invisível sedução
da indescritível sensação da entrega...
do apelo
do sim
do não.

Tudo isto é Desejo?
Não, alguns são antecipação
Outros motivação,
Todos porém são temas
Da vida,
Do poeta,
Da satisfação ...
ou não!

Quero é que me vejam nua
Quero é despertar desejos
Quero é ser porta-voz dos amantes
Quero é amar
Ser amante
Vislumbrar
Ver
Encontrar...

(Magda Almodóvar)

publicado por vagueando às 12:06
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Terça-feira, 22 de Novembro de 2005

sessenta e nove......................

borbo125.gif

Sessenta e nove... um número... um preço...
um ano... uma idade... uma vontade...
Sessenta e nove... uma forma ...um desenho..
um movimento de linhas curvas... um apelo...
Sessenta e nove... uma fantasia sexual...
Sessenta e nove... você... eu... o prazer...
Sessenta e nove vezes já fizemos 69 ...nunca igual...
Sessenta e nove horas de sabor e descobertas...
Sessenta e nove, o nosso... é delírio... é feito de gotas...
chuva... línguas... narizes... cheiros... sabores... amor...
Sessenta e nove ...
é nossa viagem aos sucos que nascem em nosso interior...
Sessenta e nove... as vezes começo... as vezes durante...
as vezes fim... sempre entrega...
Sessenta e nove pudores que você derrubou...
Me lembro a primeira vez...
Fechada em medos... receios... conceitos... preconceitos... em pudor...
Meigamente você tomou meus lábios...
invadiu minha boca... sugou meus seios...
Lentamente percorreu o caminho até meu umbigo... ali se deteve...
lambendo... introduzindo sua língua quente...
Dancei e me ofereci...
Você me desenhava o ventre com a língua...
as mãos brincando em meus mamilos... me fez instinto faminto...
Mordiscou meus pêlos... puxou-os suavemente com os dentes...
Suas mãos agora apertavam meu traseiro...
levantavam-me para facilitar seus beijos em meus grandes lábios...
Gemendo eu dizia delírios... dizia pare... dizia me penetra , meu amor...
Minha cabeça girava...
em mim surgia a vontade de pesquisar seu membro forte
que me tocava as pernas, ensandecido de desejo de ser lambido...
chupado... saboreado com amor...
Por segundos tive pânico... era tão nova esta vontade... este despudor...
Quis gritar minha vontade...
Não houve necessidade...
Você sabe fazer amor...
Girou seu corpo amado...
Ofereceu seu membro adorado...
Fêmea ...apenas fêmea... só instinto... me tornou...
Deus! Que gosto... poder saber seu gosto... engolir seu sabor...
Com cuidado percorri este poderoso instrumento rijo, de textura macia,
fina pele em sua borda... sensível... forte...
na justa medida da minha fome de comer amor...
Sua língua me invadia... minha boca o engolia...
sugávamos os sucos do amor...
Sede saciada... desejo crescente... loucura presente...
fizemos chuva de amor...
Sessenta e nove é linha curva
que em círculo aprisiona e liberta nosso amor...


(Magda Almodóvar)




publicado por vagueando às 22:22
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Domingo, 20 de Novembro de 2005

a minha HOMENAGEM à MULHER....

rosa1.jpg
a TI .... MULHER.......... venho dedicando este blog ...

alcançou os 1.000 comentários......OBRIGADO!!!

TU............MULHER............... estás de PARABÉNS!!!!


Um garotinho perguntou à sua mãe:

- Mamãe, por que você está chorando?

E ela respondeu:
- Porque sou mulher...

- Mas... eu não entendo.

A mãe se inclinou para ele, abraçou-se e disse:
- Meu amor, você jamais irá entender!

Mais tarde o menininho perguntou ao pai:
- Papa, porque mamãe às vezes chora sem motivo?

- Todas as mulheres sempre choram sem motivo...
Era tudo o que o pai era capaz de responder...

O garotinho cresceu e se tornou um homem. E, de vez em quando, fazia a si mesmo a pergunta: "por que será que as mulheres choram, sem ter motivo para isso?"

Certo dia esse homem se ajoelhou e perguntou a Deus:
- Senhor, diga-me... por que as mulheres choram com tanta facilidade?

E Deus lhe disse:
- Quando eu criei a mulher, tinha que fazer algo muito especial.
Fiz seus ombros suficientemente fortes, capazes de suportar o peso do mundo inteiro... porém suficientemente suaves para confortá-lo.
Dei a ela uma imensa força interior para que pudesse suportar as dores da maternidade e também o desprezo que muitas vezes provem de seus próprios filhos!
Dei-lhe a fortaleza que lhe permite continuar sempre a cuidar de sua família, sem se queixar, apesar das enfermidades e do cansaço, até mesmo quando outros entregam os pontos!
Dei-lhe sensibilidade para amar seus filhos, em qualquer circunstância, mesmo quando esses filhos a tenham magoado muito...
Essa sensibilidade lhe permite afugentar qualquer tristeza, choro ou sentimento da criança, e compartilhar as ansiedades, dúvidas e medos da adolescência!
Porém, para que possa suportar tudo isso, meu filho... eu lhe dei as lágrimas, e são exclusivamente, para usá-las quando precisar. Ao derramá-las, a mulher verte em cada lágrima um pouquinho de amor. Essas gotas de amor desvanecem no ar e salvam a humanidade!

O homem respondeu com um profundo suspiro...
- Agora eu compreendo o sentimento de minha mãe, de minha irmã, de minha esposa.

(desconheço o autor) * OBRIGADO!!..... MULHER!!!

publicado por vagueando às 22:12
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Sábado, 19 de Novembro de 2005

Entrega......

tuflortu.jpg
Masturbação

Eis o centro do corpo
o nosso centro
onde os dedos escorregam devagar
e logo tornam onde nesse
centro
õs dedos esfregam - correm
e voltam sem cessar


e então são os meus
já os teus dedos


e são meus dedos
já a tua boca


que vai sorvendo os lábios
dessa boca
que manipulo - conduzo
pensando em tua boca


Ardencia funda
planta em movimento
que trepa e fende fundidas
já no tempo
calando o grito nos pulmões da tarde


E todo o corpo
é esse movimento
que trepa e fende fundidas
já no tempo
calando o grito nos pulmões da tarde


E todo o corpo
é esse movimento
em torno
em volta
no centro desses lábios


que a febre toma
engrossa
e vai cedendo a pouco e pouco
nos dedos e na palma

(Maria Teresa Horta)


publicado por vagueando às 19:28
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Sexta-feira, 18 de Novembro de 2005

Receita de Mulher

asabina12.jpg
As muito feias que me perdoem
Mas beleza é fundamental. É preciso
Que haja qualquer coisa de flor em tudo isso
Qualquer coisa de dança, qualquer coisa de haute couture
Em tudo isso (ou então Que a mulher se socialize elegantemente em azul,
como na República Popular Chinesa).
Não há meio-termo possível. É preciso
Que tudo isso seja belo. É preciso que súbito
Tenha-se a impressão de ver uma garça apenas pousada e que um rosto
Adquira de vez em quando essa cor só encontrável no terceiro minuto da aurora.
É preciso que tudo isso seja sem ser, mas que se reflita e desabroche
No olhar dos homens. É preciso, é absolutamente preciso
Que seja tudo belo e inesperado. É preciso que umas pálpebras cerradas
Lembrem um verso de Éluard e que se acaricie nuns braços
Alguma coisa além da carne: que se os toque
Como no âmbar de uma tarde. Ah, deixai-me dizer-vos
Que é preciso que a mulher que ali está como a corola ante o pássaro
Seja bela ou tenha pelo menos um rosto que lembre um templo e
Seja leve como um resto de nuvem: mas que seja uma nuvem
Com olhos e nádegas. Nádegas é importantíssimo. Olhos então
Nem se fala, que olhe com certa maldade inocente. Uma boca
Fresca (nunca úmida!) é também de extrema pertinência.
É preciso que as extremidades sejam magras; que uns ossos
Despontem, sobretudo a rótula no cruzar das pernas, e as pontas pélvicas
No enlaçar de uma cintura semovente.
Gravíssimo é porém o problema das saboneteiras: uma mulher sem saboneteiras
É como um rio sem pontes. Indispensável.
Que haja uma hipótese de barriguinha, e em seguida
A mulher se alteie em cálice, e que seus seios
Sejam uma expressão greco-romana, mas que gótica ou barroca
E possam iluminar o escuro com uma capacidade mínima de cinco velas.
Sobremodo pertinaz é estarem a caveira e a coluna vertebral
Levemente à mostra; e que exista um grande latifúndio dorsal!
Os menbros que terminem como hastes, mas que haja um certo volume de coxas
E que elas sejam lisas, lisas como a pétala e cobertas de suavíssima penugem
No entanto, sensível à carícia em sentido contrário.
É aconselhavel na axila uma doce relva com aroma próprio
Apenas sensível (um mínimo de produtos farmacêuticos!).
Preferíveis sem dúvida os pescoços longos
De forma que a cabeça dê por vezes a impressão
De nada ter a ver com o corpo, e a mulher não lembre
Flores sem mistério. Pés e mãos devem conter elementos góticos
Discretos. A pele deve ser frescas nas mãos, nos braços, no dorso, e na face
Mas que as concavidades e reentrâncias tenham uma temperatura nunca inferior
A 37 graus centígrados, podendo eventualmente provocar queimaduras
Do primeiro grau. Os olhos, que sejam de preferencia grandes
E de rotação pelo menos tão lenta quanto a da Terra; e
Que se coloquem sempre para lá de um invisível muro de paixão
Que é preciso ultrapassar. Que a mulher seja em princípio alta
Ou, caso baixa, que tenha a atitude mental dos altos píncaros.
Ah, que a mulher de sempre a impressão de que se fechar os olhos
Ao abri-los ela não estará mais presente
Com seu sorriso e suas tramas. Que ela surja, não venha; parta, não vá
E que possua uma certa capacidade de emudecer subitamente e nos fazer beber
O fel da dúvida. Oh, sobretudo
Que ela não perca nunca, não importa em que mundo
Não importa em que circunstâncias, a sua infinita volubilidade
De pássaro; e que acariciada no fundo de si mesma
Transforme-se em fera sem perder sua graça de ave; e que exale sempre
O impossível perfume; e destile sempre
O embriagante mel; e cante sempre o inaudível canto
Da sua combustão; e não deixe de ser nunca a eterna dançarina
Do efêmero; e em sua incalculável imperfeição
Constitua a coisa mais bela e mais perfeita de toda a criação imunerável

(Vinícius de Moraes)
publicado por vagueando às 00:58
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Terça-feira, 15 de Novembro de 2005

o Amor, quando se revela...

borbo061.gif

O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer

Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pra saber que a estão a amar!
Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!

Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...

(FERNANDO PESSOA)

publicado por vagueando às 00:15
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Domingo, 13 de Novembro de 2005

O paladar e as outras artes na consumação do baile

IMG_0587.jpg Estas linhas são dedicadas àqueles, apaixonados pelo lúdico ritual de colocar a alma e o corpo, exacerbando a sua criatividade, têm um relevante interesse pelos prazeres dos sentidos.


O paladar tem memória!


Ou deveríamos dizer que a memória tem paladar? O paladar é o sentido pelo qual distinguimos o sabor, e o órgão responsável por este sentido, é a língua … a mesma que beija …


O paladar envolve todos os sentidos.


 A ele está ligado o olfacto, pois o aroma prefacia o sabor dos alimentos. A ele está ligada a visão, pois a aparência nos convida a saborear. A ele está ligada a emoção do antes, durante e depois, num conjunto de factores que compõem as nossas lembranças.


Continuando ………….


Os ingredientes, muito importante, são para o “prato”, "satisfação dos sentidos" , como as palavras para o texto. O uso destes deve primar pelo equilíbrio, nunca descuide da aparência, vista-se de acordo com a ocasião, não se preocupe em procurar o point da moda, o mais importante é o charme e esbanje sensualidade, nunca se esqueça do perfume, e a sua existência, baseada no sabor, aroma e textura, a música adequada, devem ter um significado cujo final é o “resultado” que desejamos, onde se brinda ao paladar.


A MAGIA DOS TEMPEROS


Quando inalamos o aroma de um prato preparado com ervas aromáticas, raízes, sementes ou caules, activamos as células nervosas das narinas, as quais transmitem o estimulo ao nosso cérebro, Então, o cérebro prepara os órgãos para o início do processo “gustativo”.


Tão subtis e ao mesmo tempo tão marcantes, os temperos dão o toque mágico e imprescindível a cada “prato”.


Para isso, é preciso saber quando e quanto deve fazer parte de cada receita, para que resulte numa composição perfeita de aromas e sabores, e assim, todos os sentidos sejam despertados e convidados a um passeio agradavelmente sedutor pelos caminhos do paladar.


 Todo o prazer que pode envolver o paladar em um ritual, numa refeição quando degustada a dois, assume o papel de uma celebração, onde se alimenta o corpo e a alma, uma ocasião para “confraternização”, onde se vai ao encontro de momentos agradáveis, retribuindo com uma “viagem pela magia do paladar”.


 Porquê as receitas se desenrolam em meio à acção e ambiente de um conto? Porque associo o ato de comer, (mais do que uma satisfação fisiológica), a todo um ritual de preparo e degustação, onde o paladar deixa de ser um sentido isolado, para se tornar, envolto no despertar de todos os outros sentidos, na celebração de uma emoção.


A palavra clima, luz de velas, lareira, pois o fogo realmente acende, vem do grego, quer dizer inclinação, referindo-se à dos raios solares, a qual determina a diferença de temperatura entre o equador e os pólos, e à do eixo da terra, responsável pelas quatro estações, as quais também são determinadas pelo movimento de translação que a terra executa ao redor do sol, determinando o acasalamento. O clima criado ajuda o desenvolvimento do paladar.


 Na boca dos trovadores,


Nas palavras do poeta,


No enredo do romancista,


 Nas tintas do pintor,


Nas formas do escultor,


Nos movimentos do bailarino,


No coração dos apaixonados,


Nos gestos contidos ou desvairados,


 Nas formas nítidas ou subtis,


Em frases sugeridas ou declaradas... ...


o amor se exalta, se declama, se configura, e dá sentido à própria vida.


 A Culinária é também um personagem constantemente presente, um “ Baile” onde se concentra todas as cenas em um só ambiente.


O Vinho, arte de degustar, saciei a sede, o êxtase da alegria, inebriando com a magia e essência do seu paladar.


Toda a sedução fica por conta de cumplicidade (que se torna visível aos olhos e perceptível aos sentidos) que se forma entre alimentos e sentimentos.

publicado por vagueando às 13:11
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Sexta-feira, 11 de Novembro de 2005

As minhas recordações do São Martinho

sorraia.jpg

Imponente, Elegante, Bravo, o CAVALO entra no imaginário de todos nós, desde a infância, como um animal que desafia todos os obstáculos, desde o inimigo no campo de batalha das histórias infantis até ao touro na arena.

A Festa do Cavalo na Golegã.

As raízes da Feira Nacional do Cavalo, ou vulgarmente conhecida como Feira da Golegã, remontam o século XVIII quando a Feira era chamada Feira de São Martinho. A Feira foi criada com a intenção de promover o comercio de produtos agrícolas da região da Golegã que tem solos muito férteis. Ao mesmo tempo, os cavalos começaram a participar na Feira devido à existência de importantes criadores nos campos da Golegã.
Em, 1883, o Marquês de Pombal dava abertamente o seu apoio aos criadores para a apresentação dos seus cavalos. Com o tempo, o cavalo Lusitano tornou-se na principal atracção da Feira e pessoas de todo país começaram a vir à feira para ver e comprar cavalos. Mais tarde, com a divulgação do cavalo Lusitano no Estrangeiro a Golegã começou a receber visitantes dos mais diversos países. Em 1972, de forma a reflectir a importância dos cavalos na Feira esta passou a ser chamada Feira Nacional do Cavalo. Tradicionalmente o dia mais importante da feira é o 11 de Novembro (Mendes, 1988).

A história de São Martinho, reza a lenda que, "num dia tempestuoso ia São Martinho, valoroso soldado romano, montado no seu cavalo, quando viu um mendigo quase nu, tremendo de frio, que lhe estendia a mão suplicante... S. Martinho não hesitou: parou o cavalo, poisou a sua mão carinhosamente na do pobre e, em seguida, com a espada cortou ao meio a sua capa de militar, dando metade ao mendigo. E, apesar de mal agasalhado e sob chuva intensa, preparava-se para continuar o seu caminho, cheio de felicidade. Mas, subitamente, a tempestade desfez-se, o céu ficou límpido e um sol de Estio inundou a terra de luz e calor. Diz-se que Deus, para que não se apagasse da memória dos homens o acto de bondade praticado pelo Santo, todos os anos, nessa mesma época, cessa por alguns dias o tempo frio e o céu e a terra sorriem com a benção dum sol quente e miraculoso." É o chamado Verão de São Martinho!"


“Neste Frio de Outono
São Martinho a chegar,
Traz castanhas quentes e boas
No seu cavalo a galopar.”


O olhar o CAVALO, as lindas amazonas, cavaleiros, charretes, é o cavalo no seu expoente, o REI da festa.
Por lá passam criadores, feirantes, lavradores, toureiros, sendo uma atracão que leva gente de toda a parte.
As ruas enchem-se de feirantes, casas particulares transformam-se por uns dias em tasquinhas,
Peões, cavalos, charretes disputam as ruas.
Reina a alegria, a FESTA, são as festas nas herdades, festa de garbo e de vaidades, também.
O Largo do Arneiro é uma autentica passarelle de passagem de modelos e trajes de montar.
É toda a envolvente, com as castanhas e a água pé, faz do
São Martinho na Golegã parte do meu crescimento.
O ir lá é para mim um repositório de memórias que todos os anos abro.

E por ser parte do meu crescimento não podia deixar de o dizer.
publicado por vagueando às 17:58
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Para Ti................com uma ternura

borboleta2ff.gif
http://www.ccb.ufsc.br/~anselmo/12062003/
publicado por vagueando às 09:40
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